papel de parede

terça-feira, 19 de junho de 2012

Das mulheres de que vim...

Eu sou de uma linhagem de mulheres que resolvem e se resolvem. Que não esperam, acontecem. Mulheres com opiniões próprias. Que batem o pé e vão a luta por aquilo que acreditam.

Um tipo de mulher que cai e se levanta, muitas vezes sozinha. Que sorri mesmo chorando por dentro. Que dá um jeito, desenrola, se vira e anda pra frente porque sabe que não adianta querer voltar no tempo.

Que são mães, filhas, irmãs, avós, tias, pais, psicólogas, professoras de vida... E se for preciso elas são tudo isso ao mesmo tempo.

Elas amarram saias entre as pernas para correr em cima do telhado atrás de menino danado. Pulam a janela para competir naquilo que gostam. Fazem escolhas. Preferem um não com conteúdo que um sim vazio. São malcriadas, no melhor sentido da palavra.

Mulheres que dançam, riem, gargalham, esperneiam, soluçam. Que sonham e fazem acontecer.

É um tipo de mulher muitas vezes criticado, que dá trabalho, que desconcerta. Que não veio ao mundo a passeio. Que transforma. Que pergunta e responde "porquês".

Mulheres que sabem o valor da amizade e que conhecem a fundo o significado da palavra cumplicidade. Que não são submissas, mas companheiras.

Mulheres admiráveis, únicas. Vividas. Que possuem a doçura necessária para matar um leão por dia.

É uma linhagem de mulheres que têm cabeça dura e coração mole. E essa combinação resulta na fórmula perfeita para viver esta louca e breve vida.

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