O mundo pode não estar perdido, mas eu estou. A cada dia que passa fico mais confusa com tudo que se diz a respeito de relacionamentos humanos, principalmente os amorosos. Para mim, deixou de fazer sentido, há muito tempo, essa história de fingir que não quer quando se quer, e que quer quando não quer.
Não entendo a necessidade que algumas (muitas) pessoas muitas pessoas têm de, nos dias de hoje, fazer tipo e jogo. O conceito de "cozinhar alguém", então, é algo completamente surreal na minha cabeça. Talvez isso justifique minha total falta de intimidade com o fogão da minha casa.
O fato é que eu achei que com o tempo essa bobagem de "agir de acordo com o que é dito nas revistas comportamentais" acabasse, mas pelo visto não é bem assim.
A conquista, que acredito ser algo fundamental, virou cartilha, mas as regras que estão nela não fazem o menor sentido. Ainda existe, mesmo que de forma velada, uma certa padronização no que se espera das atitudes de homens e mulheres...que, pasmem, são completamente machistas e femistas.
Infelizmente, nos dias de hoje ainda existem regras dizendo que, se ficar com alguém, espere que ele ligue, e, se você é o homem em questão, ligue só no fim do dia, ou no fim de semana para que ela não fique se achando. Ficou triste, não demonstre; não gostou, seja indiferente; quer sair de novo, diga que não quer. E assim vai...
Não paro de pensar como conseguir relacionamentos sinceros se tudo começa em um grande faz de conta. O que fazer com as vontades e impulsos reais? Aqueles que não são previstos nos artigos de "como agir"?
É complicado isso... Pelo visto, atualmente, o que se pode dizer disso tudo é que honestidade e sinceridade não se vêem por aqui.
Relacionar-se virou um jogo de poker onde ganha quem blefa mais... Bem que estar com alguém podia ser como esse jogo, mas pelo fato de que ganha quem arrisca mais.